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terça-feira, 13 de setembro de 2011


Passa um dia, dois, até uma semana sem você. Manda sms, diz que tem saudade, diz que não tá bem. Eu tento ouvir, eu tento procurar outra pessoa, conversar sobre nada com alguém, me distrair trabalhar, gastar, comer demais, comer de menos, não fazer nada, fazer tudo, cuidar de mim, descuidar, regar as flores, olhar pras pelúcias. Eu tento fugir, mas não dá. Seguro o celular, sento com o notebook, guardo, deito pra ver tv, deito na cama pra dormir, e sono, cadê? Cadê aquela saudade que mata escondida? Não, não... Sufocada seria a palavra. Saudade nem sei do que, nem de onde vem, só sei que se não for embora por bem, vai por mal, pois a expulsarei da minha vida, da minha cabeça, do meu coração.

Passo a maior parte da minha vida, ouvindo, vendo, meditando, viajando, lendo, sendo. Tentando ajudar, tentando entender tudo e todos. Mas os meus problemas, a minha vida, os meus sentimentos, eu não faço a menor ideia por onde começar, não consigo entender nada que acontece na minha vida, nada!

Às vezes eu durmo demais, ou de menos, às vezes eu como demais. Eu gasto, eu arrumo, eu bagunço, eu faço tanta coisa pra mudar de assunto, pra seguir regras. Eu me confundo me canso. Chega! Vou dormir. Mas isso de um lado da minha cabeça, pois o outro está mais agitado que sábado à noite. Esperando seu ‘’boa noite’’. É costume, não consigo fazer parte nenhuma de mim dormir sem falar com você, nem que seja no msn, ou uma sms. Só durmo bem, se sei que se lembrou de mim. Gozado! A exatos quatro meses isso era a ultima coisa que eu precisaria.

O telefone toca, vibrou uma vez, meu coração pulou. Tocou aquela musica. Era você. Vontade não sei do que, mas ouvir sua voz me deixou tão feliz que já nem tenho mais assunto algum, já me perdi de novo, tentando me entender. Talvez nem tudo precise de explicação, ou tenha uma. Talvez a vida te pregue uma peça ás vezes que você se perca, ou que você se perca se encontrando, sei lá. Só sei que agora o sono bateu de verdade, e dormir de consciência limpa, com cheirinho de chuveiro, sabendo que tem alguém lá fora te esperando quando você acordar, não tem nada melhor.

“Não adianta, não sei explicar. As palavras traem o que a gente sente. Caio Fernando de Abreu.

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